O Brasil iniciou a construção do seu poder sob a dupla heteronímia do colonialismo e da escravidão legal. Formalmente aboliu a escravidão legal. Se esta escravidão trouxe a algum benefício imediato no longo prazo foi a semente portadora de prejuízos incalculáveis para a civilização brasileira. A escravidão brasileira foi pior do que a escravidão clássica romana. A escravidão brasileira exauriu e depredou não só os bens físicos carreados para o beneficio único e exclusivo a metrópole, mas a escravidão brasileira instalou hábitos e costumes subliminares desestruturantes de qualquer potencial pacto social ou político. Estes hábitos e costumes vigentes subliminarmente fazem com que o cidadão brasileiro perceba o espaço público, as instituições e qualquer iniciativa coletiva como algo do outro. A qualquer momento os prédios, monumentos e cargos podem ser apropriados, desqualificados e depredados. Os hábitos subliminares da escravidão e do colonialismo predatório legitimam e reproduzem as formas das licenças morais, políticas e econômicas.
A escravidão legal foi abolida. A antiga legalidade da escravidão hereditária e familiar passou a ser camuflada em escravidão rotativa de infelizes de desassistidos de tudo e de todos. Esta escravidão rotativa é o terreno fértil no qual os atravessadores, mediadores e tuteladores se abastecem de mão de obra barata e servil. Neste terreno prosperam hábitos e costumes escravocratas passivos e ativos. Hábitos e costumes subliminares sustentados pela sombra de ideologias e doutrinas do mais esperto e forte. Doutrinas e ideologias cujas leis desconhecem, desqualificam e ridiculizam qualquer contrato que não lhes seja altamente favorável.
Porém qualquer forma de escravidão, se traz algum benefício imediato é portadora de prejuízos incalculáveis para qualquer civilização.
Os romanos do período imperial, ao adotarem a escravidão legal, introduziram nas suas casas e no espaço público um veneno que corroeu todas as suas virtudes políticas e consumiu as suas maias árduas conquistas da sua austera republica. O subjugado e o escravo ao perder a liberdade, a mais sagrada virtude e que os gregos preservavam acima de todas as demais conquistas. Como estes infelizes não tinha mais nada a perder, pois as suas vidas estava nas mãos dos seus donos, passaram a dissolver e a se permitir correr costumes e hábitos basilares das doutrinas que sustentavam a Roma republicana. Hábitos e costumes praticados com excessos de luxo e ostentação sem coerência com o Estado Romano. Licenças que afetavam a raiz da moral pública e privada e não encontravam limite de espécie alguma.
As brutais e selvagens repressões eram destinadas apenas aquelas formas que pudessem afetar o funcionamento do Estado Romano como haviam sido aplicados aos revoltosos comandados por Spartacus (c.109 - 71 a.C) ainda no regime republicano.
Porém com o Regime Imperial os antigos austeros republicanos foram gradativamente substituídos por gerações cuja base econômica e do poder era massa servil da escravidão legal. A corrupção conta do mais alto dignitário de Estado Romano ao último servidor imperial.
Para abafar o mal estar geral da escravidão e a dissolução dos costumes públicos e privados Roma centralizou o po pode Este pode central empreendia obras colossais para a glória e a ostentação romana cujo poder estava corrompido e falido por dentro por meio da escravidão legal.
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