LIBERDADE

18/06/2013 19:31

Liberdade: a criação humana da escola formal constitui um suporte para esta eficácia. Ela atingirá esta eficácia esperada, não só pelo controle, como pela liberdade, autonomia e dignidade que ela exigir do seu estudante. A liberdade que constitui um ente primitivo. no presente texto relativo ao Poder Originário. Este termo ‘liberdade’ explicita-se em direção a sua etimologia latina, na qual a palavra deriva de ‘liber’ e que designava ‘o indivíduo apto para se reproduzir’ (Ferrater-Mora verbete liberdade  1994). etimologicamente ‘liber’  é cidadão romano apto para se reproduzir. Para Espinosa(1983: 55)  “é a força da alma e virtude dos particulares, [...] a virtude do governo  é a segurança”.. Para Lauro de Oliveira Lima (S/d.: 164)  “O que caracteriza a liberdade não é o constrangimento, mas deliberação”. Para Hannah  Arendt (1983: 170) “O homem não pode ser livre se não sabe que está sujeito à necessidade” . Porém o discurso mais apaixonado é do autor da ode à Paz da 9ª Sinfonia de Beethoven. Schiller escreveu (, 1963: .35-91-96) que: “a Arte é filha da liberdade e quer ser legislada pela necessidade do espírito, não pela carência da matéria [...]A liberdade, em que muitos colocam a essência da beleza não é ausência de leis, mas sua harmonia, não é arbítrio, mas máxima necessidade interior [...]O impulso sensível desperta pela experiência da vida ( pelo começar do indivíduo) e  o racional pela experiência da lei (pelo começar da personalidade), e somente agora, após terem se tornado existentes os dois, estará erigida a sua humanidade. .Até que isto viesse a ser realidade tudo nele se fez segundo a lei da necessidade; agora abandonado pela mão da natureza, e passa a ser empresa sua afirmar a humanidade que ela estrutura e revela nele. Pois tão logo os dois impulsos fundamentais e opostos ajam nele, perdem ambos sua coação e contraposição de duas necessidades origina a liberdade”. Para Arendt, (1983:.170) “o homem não poder ser livre se não sabe que está sujeito à necessidade, pois ele conquista sempre a sua liberdade tendendo, sem jamais ter sucesso pleno de livrar-se da necessidade”. O líder sul-rio-grandense Júlio de Castilhos afirmou (in Marques Júnior, 1967: 112) que “a liberdade não se divide, ela é um todo sistemático, que, ou existe integralmente, ou não existe de forma alguma. Não há meia liberdade ou liberdade parcial, ela é una e indivisível”.. O teórica austríaco  Pächt, destaca (1994: 157) que “O verdadeiro criador sabe que ele não é nada, e quanto maior é, mais consciência do nada possui. O que o distingue, com efeito segundo Metzenger, é uma certa abertura de espírito, que o torna atento as exigências da arte ou da situação. A criação artística é para Metzenger , como para Riegl, um processo que se orienta para um objetivo dado, uma forma de tratar os problemas colocados pela situação, e não pode haver liberdade nesse quadro a não ser na medida pela qual o criador verdadeiramente original, não se contenta em trabalhar segundo as regras pré-existentes, retomados da tradição, ou de outra parte, encontrada nele, elaborando, a partir de si mesmo, as leis que irá seguir”. O pensador Alceu Amoroso Lima distingue  (in Barbosa 1993: 105). “ arte é domínio da liberdade, ao passo que a ciência nos leva à servidão do ser, e o homem de ciência é tanto mais livre quanto mais servo da verdade, quanto mais medido pelo objeto; ao passo que a ética nos prende ao dever e indica o caminho da adequação dos nossos atos à sua finalidade intrínseca – a arte nos coloca na plena expansão das nossas possibilidades e constitui o domínio próprio da libertação. É domínio do poder ser” O controle entre causa e o efeito não pode abdicar da liberdade na criatividade. A competência humana da criatividade é colocada aqui na concepção que Hannah Arendt lhe confere (1983: 188) ao afirmar que “é somente porque nós fabricamos a objetividade, o nosso mundo, com aquilo que a natureza oferece porque nós construímos, inserindo-o no espaço da natureza e assim nos sentirmos protegidos, que podemos olhar a natureza como alguma coisa objetiva”.  Esta concepção ganha os seus limites com os biólogos Maturana e Varela que lhe atribuíram (1996: 173) na forma na qual “o organismo restringe a criatividade das unidades porque elas existem para ele. No sistema social humano amplia a criatividade humana, pois esse existe para estes”. O tema da liberdade foi objeto de Paul Nash[1]  na inter-relação educação formal e autoridade.  A liberdade também é tratada, entre muitos outros, por Musse, (1997: 6) e Winkelmann (1955: 371-6) nas suas buscas, ao longo doséculo XVIII na arte clássica grega.



[1] - NASH, Paul. Autoridade e Liberdade na Educação.  Rio de Janeiro : Bloch, 1968. 365p.

 

 

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