Há necessidade de ter uma noção clara e especifica das distinções entre propriedade e riqueza. A propriedade sempre possuiu caráter sagrado enquanto a riqueza nunca foi sagrada. Quem especifica esta distinção é Arendt afirma (1983: 102) que: “antes dos tempos modernos, que começaram pela expropriação dos pobres e que ocuparam-se, depois, na emancipação as novas classes sem propriedade, todas as civilizações repousavam sobre o caráter sagrado da propriedade privada. A riqueza, ao contrário, possuída por indivíduos, ou repartida entre o público, nunca havia sido sagrado antes”. Esta posse individual da riqueza profana profanou no espaço público os limites da sua competência. Com o concurso da concepção de produtividade potencial chega-se ao núcleo desta corrupção da sua competência e ruptura de todos os lites do ético e do humano. A posse individual da riqueza condiciona, delibera e decide apropria-se da “mais valia” do trabalho alheio. Para o Poder Originário as competências e os limites do cargo e as funções do banqueiro são obscuras e intencionalmente obscurecidas pela produtividade potencial. O máximo que o povo percebe são os sinais evidentes de riqueza do banqueiro e que ele não pode condenar pois a riqueza não é sagrada.
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Poder Originário
Travessa PEDRO AMÈRICO nº 28 ap.11SEM TELEFONE